“Nosso mais profundo medo não é o de sermos inadequados.
Nosso mais profundo medo é o de sermos poderosos além da medida.
É a nossa luz, não nossa escuridão, que nos amedronta”
Personagem Timo Cruz, filme Coach Carter
Gosto muito de aprender com os outros. Acredito que os exemplos podem nos inspirar a conquistar o que queremos e a lidar com as dificuldades que temos.
Uma grande inspiração para mim é Ken Carter, ex-jogador de basquete universitário nos E.U.A e ex-técnico do time da escola Richmond High School, cuja história conheci através do filme “Coach Carter – Treino para Vida”. Nessa narrativa, várias são as provocações para sermos melhores educadores, líderes e seres humanos.
Carter assume a condução do time em um momento muito dramático para a escola. As derrotas são frequentes e o engajamento dos alunos-jogadores é quase nulo. O técnico aceita o desafio por ter várias crenças possibilitadoras: crença no basquete como uma oportunidade de transformação da vida dos jovens e a crença no seu trabalho e no seu método.
Crenças possibilitadoras realmente são o primeiro passo para o sucesso. Quem não acredita, não trabalha para realizar o que deseja. Que não acredita, desiste na primeira dificuldade.
O técnico encara muitas resistências ao longo do processo de preparação do time. Os jogadores, acostumados com a zona de conforto de preparar-se pouco e mesmo assim ganhar quase nunca, acham muito duras as propostas de disciplina, preparo e foco impostas por Carter. Com o tempo, porém, os alunos vão percebendo que com esforço há resultado e passam a gostar desse novo modo de lidar com o esporte.
Há também resistência da escola e dos familiares, pois o técnico não quer apenas jogadores, quer alunos com bons resultados. À primeira vista, essa parece ser uma exigência exagerada, mas Carter vislumbra um futuro melhor para os jovens, e não apenas o imediatismo de ganhar um campeonato.
Muito esforço físico, novos hábitos de respeito e comportamentos adequados, comprometimento com o time e com os estudos, levam o time a conquistar muito mais do que se esperava inicialmente. Carter, ao final do filme, diz ter orgulho dos homens que eles se tornaram.
Os jovens passam a ter uma postura de autoliderança em relação às próprias vidas. Autorresponsabilização, consciência de seus atos, esforço e disciplina passam a ser uma realidade na vida daqueles que “levavam uma vida sossegada”.
O final do filme é surpreendente, tendo todos os jovens resultados extraordinários em suas vidas pessoais, acadêmicas e esportivas. Tudo isso conquistado com suor, tomada de consciência e mudança de atitudes. O troféu é apenas um símbolo, que talvez não seja capaz de retratar toda a vitória daquele time de meninos.
Acreditar no que somos e no que queremos – e trabalhar duro para isso – é valorizar a luz que temos em nós. É importante conhecermos nossa luz e nossa sombra, para sermos seres plenos e brilharmos na trajetória da nossa própria vida.
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