É tão incomum atos de caridade, atenção e empatia que quando feitos, são dignos de aplausos, euforia e, algumas vezes, até espanto. Pensar no outro tem se tornado uma coisa tão difícil que aqueles que conseguem são chamados de super-heróis modernos. Dedicar tempo, energia e dinheiro para causas sociais é quase que um milagre.
Quando quem está por trás de ações sociais ou de responsabilidade ambiental são empresas, o choque é ainda maior. Até pouco tempo atrás a preocupação com o impacto social das operações das instituições era mínima e em alguns lugares quase que inexiste.
Triste pensar que chegamos a esse ponto. Desesperador entender que a raridade faz da caridade algo extraordinário. Dolorido contar que tudo isso que, hoje parece muito, não é mais do que a obrigação. O problema do mundo já não é mais só o vitimismo de quem precisa, mas é também o estrelismo de quem ajuda!
Apesar do cenário estar mudando, muito ainda precisa ser falado e desmistificado sobre esse assunto. A verdade é que não é gentileza investir na comunidade onde se atua, não é ser “bonzinho” usar parte do dinheiro para incentivar projetos, dar oportunidades e fomentar a mudança da realidade local. Isso tudo é responsabilidade, responsabilidade com a comunidade, com seus colaboradores, com o sistema em geral. É cuidar para que nunca faltem profissionais qualificados, nem educação e assim garantir que a economia esteja sempre funcionando.
Comece a olhar para aqueles que fazem, como modelos a serem copiados e não como instituições ou pessoas fora da curva. Reconheça quem faz, mas principalmente, cobre daqueles que não fazem. Ter consciência disso cria uma sociedade e uma economia que sustentam a igualdade.
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